O que fazer em Urubici

A encantadora cidade de Urubici, na Serra Catarinense, é rica em belezas naturais, que proporcionam sensações de paz e tranquilidade aos seus visitantes, em qualquer época do ano.

As imponentes montanhas, centenas de cachoeiras, cavernas, rios e muito frio, que traz grandes chances de nevar, tornaram Urubici um dos destinos mais cobiçados do Estado, principalmente pelos amantes de esportes radicais. 

Uma das atrações imperdíveis de Urubici é o Morro da Igreja, o ponto mais alto do sul do Brasil, com 1.822 metros de altitude, e é onde está instalada a base da Aeronáutica, que controla o espaço aéreo de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. 

Do alto se tem uma vista espetacular da Pedra Furada, uma linda formação que se assemelha muito a uma janela. Em 1996, o morro registrou a menor temperatura do país, que chegou a – 17,8°C. No inverno, o Morro da Igreja fica coberto por neve e fortes geadas.

A linda formação rochosa vazada de Pedra Furada, com 30 metros de circunferência, é um dos cartões postais da cidade e fica localizado na divisa entre três cidades: Bom Jardim da Serra, Urubici e Orleans. A caminhada para se chegar à Pedra Furada dura cerca de oito horas, ida e volta. Apesar de cansativo, vale muito a pena. É possível admirar a formação também a partir do Morro da Igreja. 

Outra atração que merece ser vista é a Serra do Corvo Branco.  Este fantástico caminho entre rochas de cinco quilômetros de extensão, que já foi considerada a estrada ‘mais terrível’ do País, reserva paisagens de tirar o fôlego. A lendária estrada liga a Serra Catarinense ao litoral sul de Santa Catarina e está cheia de curvas. 

A ‘garganta’ do início da rodovia começa entre dois incríveis paredões e vai margeando precipícios, que criam mirantes com paisagens estonteantes. Na região estão as famosas cascatas do Avencal e a cachoeira Véu de Noiva. A Cascata do Avencal é uma incrível queda d’água de cerca de 100 metros de altura e é uma das mais famosas e belas de Urubici e uma das mais procuradas para a prática de rapel e tirolesa. Está localizada no Morro do Avencal, perto das inscrições rupestres. 

No caminho para a cascata estão dois mirantes que permitem ver a queda d’água de ângulos diferentes. Para chegar até o pé da cascata, existem três maneiras, por uma trilha de cerca de 20 minutos, tirolesa ou rapel, a um custo de cerca de R$ 20,00. A origem de seu nome vem da planta avenca, uma vegetação muito comum na região.

Outra cascata espetacular é a Cascata Véu de Noiva, com uma queda d’água de quase 65 metros de altura que desliza pelos rochedos, a cachoeira oferece uma linda paisagem e tem esse nome por conta de uma lenda da região. Segundo a história, um índio iria se casar com uma índia local, mas morreu antes de chegar ao casamento. Desconsolada, a índia se debruçou no monte e começou a chorar, formando a cascata. A cachoeira Veu de Noiva chega a congelar no período de inverno, formando uma linda paisagem. E quando há uma maior vazão, a espuma branca faz lembrar um véu de noiva. Lá também é possível passear de tirolesa, praticar canoagem nas corredeiras do seu entorno e arvorismo.

Conheça também a Gruta Nossa Senhora de Lourdes, que está no caminho para o Morro da Igreja. Ela é um ponto de peregrinação religiosa muito procurado pelos fiéis. Na gruta, que é natural e está cercada por paredões, estão a imagem de Nossa Senhora de Lourdes, que foi levada para o local em 1944, objetos e fotos deixados pelos peregrinos. A romaria em homenagem à santa é realizada em outubro.

Para os que preferem atrações menos radicais ou para os interessados em história, visitar as dezenas de cavernas da cidade é um bom passeio. Elas estão repletas de inscrições rupestres, principalmente no Morro do Avencal. Lá estão inscrições deixadas por povos que habitaram a região há mais de 4 mil anos. Uma das imagens é a de um rosto, chamada ‘Máscara do Guardião’.

Visite também a Caverna Rio dos Bugres, que foi usada como um antigo abrigo dos índios da região. O caminho para a caverna é de difícil acesso, com 11 quilômetros de estrada de terra batida. Nos últimos 300 metros a trilha deve ser feita a pé, mas vale muito a pena.